segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Busto da República sem barrete


O escultor João Cutileiro quer tirar o barrete à República. O artista não entende que o nosso busto mantenha a cópia da imagem francesa que obrigava a um barrete frígio, típico dos combatentes franceses que simbolizava a liberdade.
Ilda Pulga, a musa que serviu de modelo, terá confidenciado junto das amigas que nunca se terá gostado de se ver com “aquela coisa na cabeça”.
Os agentes responsáveis pela comemoração do centenário da implantação da República recusam-se, ainda, mexer na letra do hino nacional, porque entendem que o verso “contra os canhões, marchar marchar” se mantém perfeitamente actual. Tratava-se da antiga versão dos voluntários do Greenpeace, habituados a enfrentarem os baleeiros japoneses.
Os portugueses foram pioneiros na arte de dar o corpo ao manifesto.
Com barrete na cabeça não há canhão que resista.

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