quinta-feira, abril 29, 2010

Eremita eu fui: A rotunda me arruinou


Nos tempos que correm já nem eremita se pode ser. Quem se quiser isolar da povoação tem de acautelar-se se a sua privacidade não vai ser invadida pela trituração civilizacional.
Foi o que aconteceu ao eremita, que passou a viver em sobressalto fruto da acção devastadora que está a sofrer a zona que envolve a gasolineira à saída norte da Nazaré, na direcção de Pataias, lugar onde irá nascer uma rotunda.
Os traços da civilização deixaram o nosso eremita à beira de um ataque de nervos, esventrando a sua integridade onde nem mesmo os sinais de patriotismo, com o hastear diário da bandeira nacional na fachada principal do imóvel que o acolheu, sensibilizaram as aterradoras máquinas infernais.

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