As necessidades de cada cidadão
manifestar as suas dúvidas, as suas hesitações, a sua própria existência vão
variando de acordo com o íntimo de cada um e até mesmo com o grau de motivação
que pessoa arrasta consigo. Porém, numa democracia plena, todas as formas de
manifestar essas inquietações são legítimas, desde que elas não colidam com a
quietude dos outros.
A discussão à volta da
legitimidade que um político recebe sempre que é empossado varia na razão de
grandeza dos seus atos. Um líder eleito não é mais legitimado que o cidadão que
nele depositou o seu voto. A prossecução das suas posturas estão sempre
sujeitas ao sufrágio racional de quem o empossou. Em boa verdade, nunca deveria
afastar-se do trilho que o alcandorou, como se de um contrato matrimonial se
tratasse.
A não verificar-se este conjunto
de premissas a legitimidade não só é posta em causa como até pode mesmo extinguir-se.
Logo, aqueles a quem a confiança foi subtraída por via do rompimento contratual,
veem essa legitimidade perdida ou, caso insistam na sua posse, só a terão se
surripiada.
A ser assim, é a voz da
democracia a falar, aquela que preconiza que o povo governa e não que o governo
nasce de forma espontânea nas suas costas.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Este blogue pretende ser um espaço de tertúlia nazarena que obedeça a critérios, onde deva imperar o espírito crítico aliado ao elemento criativo. Não se inscrevem neste conceito, os pretendentes a mensagens anónimas cujo pretensão é denegrir.